Incapazes de se adaptar a rigidez tática dos europeus, e após o maracanazo, o Brasil precisava de uma resposta tática ao esquema WM predominante no futebol. Em 1951, Martim Francisco, então treinador do Villa Nova, de Nova Lima(MG) idealizou o 4-2-4 que seria usado por Vicente Feola em 1958 e traria o primeiro título mundial do futebol brasileiro. O que ele fez foi empregar um quarto homem mais próximo aos atacantes, buscando aproveitar as características ofensivas de um dos meias. A aproximação deste quarto homem junto ao ataque causava problemas à defesa oponente, pois os três defensores do sistema “WM” ficavam em desvantagem numérica, em relação aos quatro que participavam das jogadas ofensivas. Logo, um quarto jogador procedente do meio-campo foi recuado e fixado na zaga Surgia então, o quarto zagueiro (jogador que atua entre o zagueiro central e o lateral esquerdo), para reforçar a defesa. Com o recuo de um meio-campista e com o avanço de outro, nascia o 4-2-4. Uma vez que os espaços aumentaram, com a nova formação, as equipes passaram a utilizar a marcação por zona, possibilitando uma cobertura mais eficiente. A formação empregava quatro defensores, dois meio-campistas e quatro atacantes, sendo utilizado pela seleção brasileira na Copa de 1958. Em 1962, o Brasil também atuou com este esquema. Segundo Carlos Alberto Parreira "o desequilíbrio no meio-campo logo selou seu fim." O incrível time húngaro jogava com uma formação 1-3-2-4, que se diferenciava do 4-2-4 "inventado" no Brasil apenas porque o 4o zagueiro jogava recuado, como um líbero.
Referências
- Especial: A escola brasileira – talento e compensações táticas (Parte I)
- 17 de dezembro de 2013, no Wayback Machine. Para entender a sopa de números e letras
- . Consultado em 4 de julho de 2013. Arquivado do em 28 de julho de 2013
